Artista plástica e restauradora Lucy Enyd saiu de casa no dia 12 de março de 2006. Quando voltava por volta das 18 horas da noite foi surpreendida por um homem mulato, corpo médio, cabeça raspada, aproximadamente 22 anos. Ele trajava camisa clara e calça escura.
A agressão aconteceu na Rua Januária, próximo ao Colégio Batista e Igreja de São Pedro Apóstolo no Bairro da Floresta em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Era mais um violento assalto dos milhares que acontecem todos os dias nas ruas das grandes cidades do Brasil.
E também uma infeliz coincidência com o caso do menino João Hélio também arrastado por bandidos na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O assaltante atacou Lucy avançou em seus braços onde estavam sacolas de plásticos com pães que acabara de comprar e sua bolsa enrolada em seu braço que continha seus objetos pessoais.
Não conseguindo resgatar o que queria o meliante avançou em seu braço, jogando-a no chão e arrastando-a pela calçada com o rosto em um muro de pedras por alguns metros .
A vítima ficou caida no chão totalmente sem condições de pedir ajuda. Foram tantas escoriações em sua face que nem os mais renomados médicos da capital mineira conseguiram de alguma forma "restaurá-la".
Lucy Enyd, depois de ficar internada inicialmente no Hospital Arapiara e posteriormente ser transferida para o Centro de Terapia Intensiva do Hospital Vila da Serra, faleceu no dia 12 de abril do mesmo ano.
Entre os dois casos um vergonhoso desfecho.
Os homens que cometeram a barbárie contra o menino carioca foram presos numa operação rápida da polícia carioca, já o assassino de Lucy continua foragido.
E a polícia civil mineira, que alegou aos parentes da vítima ser corriqueiro esse tipo de caso, parece ter definitivamente arquivado o processo de busca do assassino, numa demonstração de ineficiência e descaso com o seu maior patrimônio: o cidadão mineiro.
Nem o retrato falado do assassino, o relato das testemunhas e pressão da imprensa são suficientes para acordar a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais que sequer formula uma satisfação aos familiares da vítima. Observação: a pressão da imprensa foi leve e tratou o fato também de forma corriqueira, bem a gosto do politicamente correto.
Por isso a existência desse blog.
E nossa meta é expor o caso Lucy Enyd no programa Linha Direta, da Rede Globo.
Quem sabe assim a justiça seja um pouquinho restaurada neste país.
Para quem não sabe, Lucy Enyd, uma das mais importantes artistas brasileiras.
Artista da arte, reconhecida por trabalhos de restauração das mais diversas obras dispostas em igrejas e Centros Históricos de Minas.
Dentre as imagens restauradas citamos: A imagem de Bom Jesus, em Congonhas; telas de Museus de Ouro Preto; e a pintura da imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, exposta na rodoviária de Belo Horizonte.
Juliana Sôlha com colaboração de Luiz Seabra
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