No dia do enterro de Lucy Enyd, a polícia revelou o retrato falado do assaltante.
Apenas uma testemunha se propôs a relatar o que viu no Departamento de Investigações (DI) no Bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte. E o retrato falado do homem que ceifou a vida da mulher que passou os seus melhores dias modelando anjos e santos do barroco mineiro foi construído a partir do depoimento de TVD, então com 17 anos de idade. Até hoje TVD tem gravado em sua mente o sorriso sarcástico do assassino.
As poucas testemunhas que passavam pela Rua Januária no momento do assalto e as que estavam nas janelas de prédios vizinhos alegam não ter visto nada.
Na verdade, a poucos metros da Delegacia Seccional Leste, a Rua Januária tornou-se um local perigoso e praticamente deserto. Moradores e pessoas que trabalham nas redondezas praticam o silêncio das favelas, pois muitos deles já foram assaltados e não se arriscam a dar queixa.
No momento do enterro, a exibição do retrato falado causou grande comoção. "Por que tanta brutalidade com uma pessoa de 80 anos? Meu Deus!"
Jornais impressos e a Rádio Itatiaia fizeram a cobertura do enterro do corpo de Lucy Enyd. E um dos profissionais de imprensa que mais se empenharam no caso e merece o nosso respeito é Laudívio Carvalho do programa Itatiaia Patrulha.
O retrato falado parece não ser mais importante para prender o assassino. O instrumento de busca das maiores polícias do mundo, mesmo divulgado na imprensa, é apenas mais um elemento de investigação jogado como lixo nos arquivos da polícia.
Juliana Sôlha, colaboração de Luiz Seabra
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